Sagittarius (Sagitário)

Sagitário é uma das doze constelações do Zodíaco. O nome Sagitário deriva da palavra em latim sagitta que significa seta. Foram os romanos que deram o nome à constelação de Sagitário. É uma brilhante constelação do Zodíaco, entre Escorpião e Capricórnio. Tem como característica um padrão de estrelas que lembra o formato de um bule. Localiza-se próxima a região do céu onde está situada a direcção do centro da nossa galáxia, Via Láctea. O Sol passa em Sagitário de 18 de Dezembro a 18 de Janeiro. 

Geralmente acredita-se que Sagitário é um centauro - metade homem, metade cavalo - e é identificado com Chiron. Era filho de Cronos e Filira. Um centauro diferia dos demais de sua espécie devido à sua grande sabedoria. O seu pai transmitiu-lhe conhecimentos de medicina, astronomia e música. Chirom incumbiu-se da educação de vários príncipes e heróis, como Aquiles, Teseu, Ulisses e Jasão. Mas quando ao lado de Hércules, lutava contra os centauros, foi atingido, acidentalmente, por uma flecha disparada pelo herói. Sofrendo terríveis dores mas impedido de morrer, Chiron cedeu a sua imortalidade a Prometeu e Zeus colocou-o no Zodíaco, onde constitui a constelação do Sagitário.

Sagitário está na Via Láctea, na direcção do centro da galáxia, onde a faixa é mais larga, ainda que apareça atravessada por linhas escuras devido à presença de poeiras. Esconde um tesouro de grupos globulares e galácticos sendo também rico em nebulosas brilhantes e escuras.

Objectos do céu profundo:

M22 - O grande grupo de Sagitário é um globular muito grande, o maior entre os numerosos globulares da constelação. Encontra-se a 10 mil anos-luz de distância, sendo um dos mais próximos da Terra.

M23 - É um dos muitos grupos galáticos presentes em Sagitário, com cerca de 100 estrelas e com uma área tão extensa como a Lua. Oferece uma vista impressionante, quando observado com binóculos ou um pequeno telescópio.

M8 ou Nebulosa da Lagoa - Formação difusa mas espectacular que rodeia o grupo de estrelas NGC 6530.

M20 ou Nebulosa Trífide - O seu nome deve-se às três faixas de núvens escuras que a dividem e traçam uma rede de caminhos muito bela.

M17 ou Nebulosa Ómega - Também chamada Cisne ou Ferradura, esta Nebulosa pode ver-se claramente com a simples ajuda de binóculos.

Todas as constelações do céu possuem uma história própria, uma beleza característica, e muitas vezes uma colecção de inumeráveis objectos que só revelam seu encanto quando observados com o auxílio de algum equipamento óptico. No meio da constelação de Sagitário encontramos algo oculto às vistas, mas que se mostra surpreendente quando “observado” de outras maneiras. É o centro de nossa Via Láctea. No centro da Via Láctea encontram-se uma incrível concentração de estrelas. Num raio de 40 trilhões de km em torno do Sol, há uma única estrela, o próprio Sol. No centro da Via Láctea, porém, um volume equivalente abriga nada menos que 1 milhão de estrelas, ou seja, se a Terra lá estivesse, estaria cercada por 35 sóis e em sua superfície nunca seria noite. Mesmo a olho nu, pode-se ver que em torno de Sagitário há grandes massas de estrelas e extensas nuvens reluzentes. A nebulosa da lagoa, situada a 5 mil anos luz, está relativamente próxima, já o núcleo da Via Láctea, embora na mesma direcção esconde-se a mais de 30 mil anos luz. Composto por estrelas gigantes, até 100 vezes mais pesadas que o Sol, ele forma uma esfera de 1500 anos anos-luz de raio. Cujo volume é um milhão de vezes menor que o da Via Láctea, porém englobando 10 bilhões de estrelas, 1/10 de todos os astros da galáxia.