sábado, 5 de janeiro de 2013

Mercúrio


Mercúrio é o menor e mais interno planeta do Sistema Solar, orbitando o Sol a cada 87,969 dias terrestres. Sua órbita tem a maior excentricidade e seu eixo apresenta a menor inclinação em relação ao plano da órbita dentre todos os planetas do Sistema Solar. Mercúrio completa três rotações em torno de seu eixo a cada duas órbitas. O periélio da órbita de Mercúrio apresenta uma precessão de 43 segundos de arco por século, um fenómeno explicado somente no século XX pela Teoria da Relatividade Geral formulada por Albert Einstein. Sua aparência é brilhosa quando observado da Terra, tendo uma magnitude aparente que varia de −2,6 a 5,7, embora não seja facilmente observado pois sua separação angular do Sol é de apenas 28,3º. Uma vez que Mercúrio normalmente se perde no intenso brilho solar, excepto em eclipses solares, só pode ser observado a olho nu durante o crepúsculo matutino ou vespertino.

Comparado a outros planetas, pouco se sabe a respeito de Mercúrio, pois telescópios em solo terrestre revelam apenas um crescente iluminado com detalhes limitados. As duas primeiras espaço-naves a explorar o planeta foram a Mariner 10, que mapeou aproximadamente 45% da superfície do planeta entre 1974 e 1975, e a MESSENGER, que mapeou outros 30% da superfície durante um sobrevoo em 14 de Janeiro de 2008. O último sobrevoo ocorreu em Setembro de 2009 e a nave entrou em órbita do planeta em 18 de Março de 2011, quando começou a mapear o restante do planeta, numa missão com duração nominal de um ano terrestre.

Mercúrio tem uma aparência similar à da Lua com crateras de impacto e planícies lisas, não possuindo satélites naturais nem umaatmosfera substancial. Entretanto, diferentemente da Lua, possui uma grande quantidade de ferro no núcleo que gera um campo magnético, cuja intensidade é cerca de 1% da intensidade do campo magnético da Terra. É um planeta excepcionalmente denso devido ao tamanho relativo de seu núcleo. A temperatura em sua superfície varia de 90 a 700 K (−183 °C a 427 °C). O ponto subsolar é a região mais quente e o fundo das crateras perto dos polos as regiões mais frias.

As primeiras observações registradas de Mercúrio datam pelo menos do primeiro milênio antes de Cristo. Antes do século IV a.C., astrônomos gregos acreditavam que se tratasse de dois objetos distintos: um visível no nascer do sol, ao qual chamavam Apolo, e outro visível ao pôr do Sol, chamado de Hermes.O nome em português para o planeta provém da Roma Antiga, onde o astro recebeu o nome do deus romano Mercúrio, que tinha na mitologia grega o nome de Hermes (Ἑρμῆς). O símbolo astronômico de Mercúrio é uma versão estilizada do caduceu de Hermes.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Io (Lua de Júpter)

Io, moon of Jupiter, NASA.jpgIo é o nome dado a uma das 66 luas do planeta Júpiter. Está entre as quatro maiores (na verdade é a terceira maior, atrás apenas de Ganimedes e Calisto), com um diâmetro de 3643 km, sendo ainda um pouco maior que a Lua da Terra. Seu nome é uma referência a Io, que na mitologia grega foi uma ninfa que se tornou uma das paixões de Zeus e foi transformada em vaca por este para protegê-la das perseguições de sua esposa Hera.

Executando um revolução completa ao redor de Júpiter a cada 42 horas, Io está sujeita a muitas tensões, vindas especialmente deEuropa e Ganimedes, outros dois satélites jupiterianos. Estas tensões criam uma energia que funde grandes quantidades de matéria em seu núcleo, provocando fraturas em sua superfície. A órbita do satélite também é afetada, o que a leva a executar uma rota irregular elíptica em torno de Júpiter, apresentando sempre a mesma face para o planeta. À medida que a distância entre o planeta e Io varia, a força da atração gravitacional também varia, causando mudanças no formato do satélite. Io age como um gerador elétrico à medida que se move pelo campo magnético de Júpiter, desenvolvendo uma diferença de potencial de 400.000 volts entre os extremos do seu diâmetro, gerando uma corrente elétrica de cerca de 3 milhões de amperes que flui ao longo do campo magnético para a ionosfera do planeta.

PIA01129 Interior of Io.jpgInternamente, o resultado das tensões experimentadas por Io são uma grande oscilação das marés em até 100 metros (330 pés) em sua superfície, isso sem mencionar a liberação do seu calor interno na forma das erupções vulcânicas, uma das marcas incomuns que destacam o seu ambiente. Foi exatamente em Io que pela primeira vez foram observados vulcões ativos fora da paisagem terrestre. São pelo menos doze, expelindo lava a temperaturas de mais de 1200 graus Celsius. Com exceção dos locais com atividade vulcânica, a temperatura na sua superfície é muito mais baixa do que o ponto de congelamento, por volta de -143° C (-230° F).

Com tantos fatores interagindo, é fácil concluir que a superfície de Io possui uma grande variedade de terrenos, destacando-se colinas, planaltos, montanhas e cadeias de crateras. Nas regiões polares os sistemas vulcânicos vão rareando gradualmente, persistindo as cadeias de montanhas com vários quilômetros de altura. Já o aspecto vistoso de um amarelo dourado com alguns toques de verde e vermelho que Io apresenta externamente é devido à concentração de enxofre e seus compostos em sua atmosfera.